sábado, 27 de novembro de 2010

A VILA CRUZEIRO E O COMPLEXO DO ALEMÃO: ORIGENS


Abrangendo os bairros da Penha, Olaria, Ramos, Bonsucesso e Inhaúma, o Complexo do Alemão possui 12 comunidades e é considerada uma das mais populosas do município do Rio de Janeiro.

As 12 comunidades que integram o Complexo do Alemão são: Morro da Baiana, Morro do Alemão, Alvorada, Matinha, Morro dos Mineiros, Nova Brasília, Pedra do Sapo, Palmeiras, Fazendinha, Grota, Vila Cruzeiro e Morro do Adeus

O seu núcleo é o Morro do Alemão, cuja denominação foi adotada para todas as áreas adjacentes, as quais integram o referido Complexo.

A história do seu nome remonta a década de 20 (Século XX), no período pós-Guerra (I Guerra Mundial), quando um imigrante de origem polonesa, Leonard Kaczmarkiewicz, chegou ao Rio de Janeiro e adquiriu terras na Serra da Misericórdia, que correspondia à região rural da Zona da Leopoldina. Até o final da década de 40, a referida área tinha esta vocação rural.

Devido as suas características físicas, branco e alto, assim como o seu sotaque estrangeiro, os moradores da região passaram a se referir ao proprietário da fazenda, Leonard Kaczmarkiewicz, como o "alemão". E, assim, logo depois, a própria localidade passou a ser denominada de Morro do Alemão.

A partir de 1951, Leonard Kaczmarkiewicz dividiu o seu terreno em lotes e passou a vendê-los, principalmente, para famílias que buscavam moradias baratas na Zona Norte. Foi, nesta época, que se verificou o início da ocupação do morro do Alemão.

Na década de 60, um grande fluxo de migrantes nordestinos , nos anos 80, o número dase destinou para o Alemão e população aumentou de forma bastante significativa, na localidade, em decorrência das invasões que ocorreram, autorizadas pelo então Governador do estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola.

Na década de 60, um grande fluxo de migrantes nordestinos se destinou para o Alemão e, nos anos 80, a ocupação se deu forma intensa e desordenada nos referidos morros do Complexo do Alemão, elevando o número da população local. Este processo se deu em decorrência das invasões autorizadas pelo, então, Governador do estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola.

FAVELA VILA CRUZEIRO


A sua ocupação se deu, no final do Século XIX, com escravos fugidos, que tinham a proteção de um padre, chamado Ricardo, que era republicano e abolicionista.

Este os abrigava em sua casa, os quais depois passaram a ocupar o morro. Sendo assim, o lugar ficou conhecido como Quilombo da Penha. A palavra Penha significa pedra.

Segundo fontes na Internet, a Princesa Isabel chegou a visitar o Santuário da Igreja da Penha, dezoito dias antes de assinar a Lei Áurea.

O nome Cruzeiro tem referência à igreja e, embora, eu não tenha obtido informação precisa de documentos oficiais, este deve ter relação ao cruzeiro, local onde as pessoas ascendem velas em oração aos mortos.

Com relação ao santuário, a igreja se tornou um importante centro de peregrinação religiosa, muito conhecida pela sua tradicional festa popular, datada das primeiras décadas do século XX.

É no mês de outubro que a festa da Igreja da Penha acontece em homenagem à Nossa Senhora da Penha. Nesta festividade, por influência histórica se misturavam portugueses com suas tradições católicas aos negros com o candomblé, a capoeira e o emergente samba.


FAVELA DA GROTA

O nome da comunidade se refere à localização geográfica onde esta se encontrada assentada. A expressão Grota se refere a uma depressão nas encostas, causadas por efeito de erosão e, justamente, a Comunidade da Grota se localiza numa depressão entre a Favela do Alemão e a Comunidade Alvorada.


As terras onde está localizada, atualmente, a favela Vila Cruzeiro foram doadas pelo seu antigo proprietário da fazenda, ali existente, à Irmandade da Igreja da Nossa Senhora da Penha. Dizem que, até hoje, estas terras pertencem à igreja.

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