Divulgar que uma vacina é totalmente segura, por exemplo, não vai convencer os mais desconfiados de plantão. Mas espalhar que ela tem terríveis efeitos colaterais e pode até matar certamente vai afastar todo mundo.
O resultado é baseado numa pesquisa de opinião feita com 1.475 pessoas (todas da Califórnia, nos EUA) para ver se eles confiavam no que pesquisadores diziam sobre os riscos das operações de exploração de petróleo no Golfo do México (as entrevistas foram feitas bem na época que esse era o assunto do momento). As análises mostraram que as pessoas tendiam a desconsiderar grande parte do que os estudos sobre a segurança das operações apontavam. “Exagero”, para muitos. As únicas partes em que a maioria realmente levava a sério eram as que pintavam os riscos da coisa como maiores do que o esperado. Aí sim o perigo parecia real.
E por quê? O estudo sugere que o público tende a suspeitar dos motivos da ciência ao pensar, por exemplo, que pesquisas governamentais devem ter interesses políticos por trás delas e que, pior, essas “supostas” pesquisas podem representar tentativas de nos controlar, seja alterando nosso comportamento ou nos “obrigando” a fazer coisas que não pretendíamos.
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